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Por Caio Fábio

Minha posição eu a expressei aos 28 anos de idade, em um livro intitulado “Abrindo o Jogo Sobre o Aborto”, da Editora Betania.

Praticamente em quase nada mudei em minha posição desde então.

Nunca fiz aborto e nunca ninguém que comigo tenha conversado o fez.

Ao contrário, sou dos que adotam, não dos que abortam.

Creio que quem tenha real consciência do significado da vida e do Evangelho para a vida, esse tal não tem ânimo algum para fazer ou propor um aborto.

E, além disso, sempre que vi alguém que psicologicamente era fraca demais, e que, por isto, humanamente falando, pedia para fazer um aborto, eu mesmo me ofereci para adotar ou encontrei quem o fizesse.

Creio que um aborto sempre seja um atentado contra vida; e nada o fará ser outra coisa.

As bases bíblicas e “teológicas” você as encontrará em meu livro acima citado.

O que digo, não sobre o Aborto, mas sobre o modo como se o trata, é o seguinte:

1. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, assim como sou contra o homicídio, o suicídio, o infanticídio, a pedofilia, etc. — creio que a decisão de abortar ou não é de cada pessoa; e creio que não cabe a ninguém fora do âmbito familiar, meter-se na questão, a menos que seja chamado.

2. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, julgo ser um crime contra a consciência individual que a Igreja ou o Estado legislem ou criminalizem quem quer que, pela ignorância ou pelo desespero e desamparo, assim decida fazer.

3. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, acho que tal decisão é sempre dramática para quem tem que fazer com dor e consciência; portanto, é uma coisa de cada um com Deus; e penso que quem não sente nada ao fazer, esse tal com Deus haverá de se entender.

4. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, não creio que Jesus jamais tratasse alguém que tivesse..., ou tenha feito um aborto, conforme o Bispo de Olinda [Ófeia!] o fez.

5. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, reconheço que nos dias de Jesus muitas mulheres faziam abortos, mas que, apesar disso, Ele nunca falou no assunto.

6. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, defendo que todos sejam instruídos sobre o significado da vida e das possíveis conseqüências físicas e psicológicas para a mãe em um aborto —; e que por eu mesmo ser contra o aborto, creio que tal instrução deve ser ensinada nas escolas, nas igrejas, e, sobretudo, como mídia paga pelo governo.

7. Que embora eu mesmo sendo contra o aborto, assevero que tal decisão não tem fórum para além da família e da consciência das pessoas.

Além disso, também creio que parte do problema decorre do falso moralismo que, temendo hipocritamente estimular relações sexuais, não fala dos preservativos e contraceptivos.

Assim, preferem pensar que os meninos e meninas não transam.

Então, como avestruzes, enfiam a cabeça no buraco e pensam: “Nada está acontecendo aqui dentro do buraco!”

Isto para depois perguntarem assustados e surpresos:

“Por que será que meu traseiro está cheio de bala? Lá no meu buraco eu não via nada disso acontecer. Safadeza. Encheram meu rabo de bala enquanto eu estava seguro com a cabeça no buraco”.

Se formos fazer uma estatística, possivelmente verifiquemos que a maior incidência de meninas com gravidez indesejada esteja entre as classes bem pobres e as bem religiosas.

A Religião diz para não abortar, mas não ensina a não engravidar!

Creio que o aborto deveria ser descriminalizado, ao mesmo tempo em que também creio que o Governo e as Instituições que se ocupam da Vida, deveriam investir seus esforços na prevenção da gravidez indesejada, e, também, na instrução acerca das conseqüências psicológicas e, também, das dores de consciência que um aborto provoca em quem ainda tem uma.

Portanto, no caso Pernambucano, o que se deveria era deixar que a família decidisse, e não um Bispo que não sabe nem mesmo o que seja acordar a noite toda para cuidar de gêmeos de um estupro. O Bispo deveria pedir a guarda das crianças. Era o mínimo que ele deveria fazer se é contra o aborto.

Em se tratando de risco de vida para a mãe, creio que não haja o que discutir.

Um principio simples nesse caso é que uma vida existente e jovem é, em uma ética de escolha entre vida e vida, mais importante do que uma vida que ainda não veio a nascer.

É isto que penso!

O mais está lá no meu livreto!

Nele, que nunca abortou ninguém: nem os abortados e nem os que abortaram; posto que veja a todos com misericórdia; pois, quem não aborta como aborto, aborta como raiva, ódio, antipatia e até excomunhão, como foi o caso do aborto múltiplo que o Bispo praticou,

Caio

6 de março de 2009

Lago Norte

Brasília

DF

Fonte: Site Oficial Caio Fábio

Por Amenidades da Cristandade

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