| 0 comentários ]

Enxurrada de ações movidas por fiéis contra a imprensa têm sido sistematicamente rejeitadas pelos juízes.

A ofensiva judicial que a Igreja Universal do Reino de Deus intentou contra a imprensa brasileira não está dando certo. A Justiça de vários estados têm entendido que as ações iniciadas por membros da igreja em diversas localidades do país são improcedentes e seguem orientação da direção da denominação. Só a Rede Globo de Televisão já obteve 87 sentenças favoráveis contra fiéis e representantes da Universal. Já o jornal Folha de São Paulo foi ré em mais de 50 processos do gênero, e vem obtendo vitória em cima de vitória.

A enxurrada de ações, ao que tudo indica, é uma tentativa de intimidação para desencorajar a produção de reportagens contra a Iurd. A Globo começou a ser acionada depois da veiculação de uma reportagem no programa Linha Direta sobre o assassinato de um adolescente num templo da Universal em Salvador (BA). Logo dezenas de fiéis da igreja, alegando constrangimento com a reportagem, começaram a distribuir ações contra a emissora em diferentes comarcas. O detalhe é que todas as petições iniciais eram praticamente iguais nos argumentos, o que confirma a tese de manobra orquestrada. Foram iniciados 33 processos no Nordeste, 20 no Norte, 16 no Sul e onze no Sudeste e Centro-Oeste, com o nítido intuito de dificultar e onerar a defesa. Quarenta delas foram declaradas improcedentes e outras 47 foram extintas sem resolução do mérito.

Já o jornal paulista foi demandado em danos morais por fiéis que se disseram discriminados pela série de reportagens da jornalista Elvira Lobato mostrando o império de comunicação montado pela igreja liderada pelo bispo Edir Macedo. Até agora, nem a profissional e nem o veículo sofreram qualquer condenação em função do trabalho, publicado em 2007. Na época, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) emitiu uma nota de protesto contra a tentativa de intimidação por parte da organização religiosa contra o trabalho da imprensa.

A Universal foi condenada em 2007 a indenizar os pais do jovem Lucas Terra em R$ 1 milhão. O inquérito policial sobre o crime concluiu que o garoto foi queimado vivo por Silvio Roberto Galiza – na época, pastor auxiliar do templo da Iurd no bairro Rio Vermelho, na capital baiana. Os desembargadores entenderam que a igreja era civilmente culpada pelo crime, já que fora praticado por seus representantes. Galiza pegou 18 anos de cadeia e os pastores Fernando Aparecido e Joel Miranda, apontados como co-autores, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Beneficiados por habeas-corpus, os dois aguardam julgamento em liberdade.

Fonte: O Globo, via Cristianismo Hoje e A Fé em Busca do Entendimento


Por Amenidades da Cristandade

Respeite os direitos autorais! Ao reproduzir este texto, cite as fontes, inclusive as intermediárias!

0 comentários

Postar um comentário