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Seja sincero: quantas vezes você, evangélico e usuário da internet, já repassou mensagens com alguma novidade bombástica, como a conversão de uma celebridade, a descoberta de uma prova irrefutável das Escrituras ou um levantamento sobre quanto tempo falta para o Apocalipse? Se a resposta for “muitas”, não se culpe: você está dentro da normalidade. É que, com a disseminação da tecnologia digital, cada vez mais pessoas – crentes também, claro – têm acesso a uma quantidade imensurável de informações. Na mesma proporção, cresce também o tráfego de hoaxes, ou seja, aquelas mensagens cujo conteúdo não tem qualquer confirmação, mas transitam lépidas e fagueiras pelas ondas da web.

Hoaxes nada santos

Em junho, a notícia correu sites, listas e blogs evangélicos: uma escavação no deserto da Arábia Saudita teria revelado a existência de um esqueleto humano de tamanho fenomenal. A reportagem, que trazia uma foto mostrando um pesquisador ao lado de um enorme crânio, foi publicada originalmente no jornal The New Nation, de Bangladesh, e mesmo tendo circulado no suspeitíssimo território livre da internet, muita gente boa acreditou na história. Para os que crêem na Bíblia, a novidade tinha importância especial – a descoberta poderia corroborar cientificamente alguns relatos do livro do Gênesis que mencionam a existência de gigantes na Antigüidade, os enaquins. Rapidamente, cristãos dos mais variados pontos do planeta logo abraçaram o que se apresentava como “prova irrefutável da veracidade das Escrituras”.

Em pouco tempo, contudo, a farsa foi desmascarada. A foto não passava de uma montagem feita para um bem humorado concurso de manipulação de imagens realizado em outubro de 2002, junto com outras curiosas concorrentes, como a dos restos mortais do personagem de desenhos animados Fred Flintstone e a da logomarca da Volkswagen, supostamente encontrada – imagine! – num monumento egípcio milenar. O assunto foi tema da área especial sobre spams do portal Terra, em matéria do InfoGuerra, site especializado em segurança de informática. Nele, o triste comentário: “Um boato sobre a suposta descoberta de esqueletos gigantes no deserto árabe tem sido divulgado intensamente (...) A ‘notícia’ atingiu especialmente blogueiros e sites cristãos, para os quais a descoberta confirmaria passagens do texto bíblico.”

O episódio ilustra uma tendência que parece irreversível. O advento da internet, bem como a popularização da informática, trouxe, ao lado de incontáveis benefícios, um tremendo problema, para não chamá-lo de perigo: a disseminação de mentiras “verdadeiras” – ou hoaxes, para usar o jargão da web. Qualquer invenção ou maluquice saída da cabeça de alguém pode ser travestida de inquestionável verdade – como no caso do esqueletão – e rapidamente espalhada para o mundo todo. Incautos que recebem essas mensagens fantasiosas e acreditam no engodo se encarregam de passá-las adiante. Que atire a primeira pedra quem nunca recebeu e repassou um e-mail dizendo que uma nova doença mortal foi descoberta, que determinado refrigerante contém uma toxina que causa cegueira ou que livros editados no Primeiro Mundo já consideram a Amazônia como área internacional. São inumeráveis as lendas virtuais que circulam pela rede. E entre o joio e o trigo cibernético, muitos evangélicos, com o louvável desejo de encontrar provas para a veracidade da Bíblia ou desejosos de desmascarar artimanhas do diabo contra a fé, têm-se constituído em presas fáceis para os contos da internet.

O engano se torna pior quando pregadores usam tais “notícias quentes” para rechear sermões. Há coisa de dois anos, circulou pelas igrejas, inclusive nos púlpitos, a aterradora informação de que teriam sido gravados gritos e gemidos saídos das profundezas do inferno. A gravação dos tais sons, devidamente reproduzida da internet, correu mundo e virou peça fundamental de eloqüentes pregações contra as macabras conseqüências do pecado e da rebeldia contra Deus. Nos Estados Unidos, a história chegou a ser transmitida em cadeia nacional por uma emissora cristã. O caso era mais ou menos este: um grupo de pesquisadores russos, ao fazer uma escavação na Sibéria, teria descoberto que o centro da Terra é oco. Então, por meio de uma sonda, introduziram um microfone na fenda e teriam gravado “as vozes do inferno”, como ficaram conhecidas. Para decepção dos evangelistas mais exaltados, que já usavam o material para admoestar os ímpios, tudo era uma farsa surgida a partir de um artigo traduzido de um jornal finlandês. Ao contrário do que se dizia, não se tratava de um respeitável veículo científico, mas sim, de publicação de um grupo de cristãos.

Só que rastrear as origens de um boato nem sempre é fácil. O artigo tinha sido coletado por um colaborador a partir de outro jornal. Neste, por sua vez, a incrível história era apenas um texto escrito por um leitor, numa seção onde as pessoas podiam escrever sobre o que desejassem. E como quem conta um conto aumenta um ponto, ninguém sabia como a história havia começado. Então, Age Rendalen, um cristão norueguês radicado nos Estados Unidos, admirado com a facilidade com que os crentes ali acreditavam em histórias sem verificar sua autenticidade, resolveu ampliar o mito. Após saber do caso pela televisão, escreveu para a emissora, dizendo que havia voltado à Noruega e encontrado os jornais que confirmavam a impressionante descoberta, incluindo uma foto da equipe russa (forjada por ele). Claro que nada foi confirmado com Rendalen, apesar de ele ter colocado seu nome e endereço na carta para dirimir qualquer dúvida.

Um dia que “sumiu” – Outra história pitoresca do imaginário coletivo dos evangélicos há tempos é a do dia que falta na História. Essa, aliás, vem de muito antes do surgimento da internet – mas, evidentemente, potencializou-se pelas ondas da web e, vez por outra, aterrissa na caixa postal de algum desavisado. Nos anos 60, cientistas da NASA, ao participarem de um levantamento sobre a posição do sol, da lua e dos planetas nos últimos séculos, teriam percebido que falta um dia na história do universo. Um dos participantes do estudo, então, teria lembrado do que aprendera na Escola Dominical sobre os relatos do livro bíblico de Josué. No capítulo 10, está o registro do dia em que o líder hebreu, percebendo que seu exército estava prestes a vencer uma batalha, pediu a Deus que o sol parasse, a fim de prolongar a claridade do dia e consolidar a vitória de Israel.

A verdade é que o tal levantamento da NASA é pura especulação. A suposta pesquisa sobre o dia que falta surgiu num livro escrito pelo cientista Harry Rimmer, publicado em 1936. Nele, o autor menciona outro livro publicado em 1890, de um professor da Universidade de Yale que falava sobre o tal dia. Por volta de 1960, a história do cientista já circulava em vários âmbitos. Harold Hill, escritor e presidente da Curtis Engine Company, passou a contá-la para seus alunos. Após ser comentada na coluna de um jornal de Indiana, nos EUA, a notícia começou a se espalhar na forma de artigos, devidamente reproduzidos em boletins de igrejas e citados por pregadores. Hill, por sua vez, reconheceu não ter nenhuma prova do que contou, mas nunca abriu mão de considerar o relato verdadeiro, dedicando-lhe, inclusive, um capítulo todo de um livro seu – e, infelizmente, quem creu na história não demonstrou muito interesse em saber a verdade. Nestes casos, o que vale mais é a fantasia.

Bem mais realista foi o boato alarmante dando conta de que a multinacional Procter & Gamble (P&G), fabricante de produtos de beleza e higiene, incentivava o satanismo. Tudo porque seu presidente teria declarado, em um programa de TV nos EUA, que 10% dos lucros da corporação eram destinados à igreja de Satanás em território americano. E o pior é que o dirigente da P&G ainda teria acrescentado, com ares de bravata, que não temia qualquer retaliação por parte dos evangélicos contra os seus produtos. Assim que a história veio à tona, iniciou-se uma verdadeira cruzada contra a empresa, que atingiu até o Brasil. Por aqui, zelosas mamães crentes evitavam até mesmo vestir seus bebês com as fraldas fabricadas pela empresa, já que, como se dizia, as peças tinham, escondida, a imagem da Besta. Só que além de a declaração do presidente da P&G nunca ter sido dada – os cinco diferentes apresentadores mencionados no boato desmentiram que a entrevista tivesse sido feita – também não existe nenhuma marca satânica nos rótulos dos produtos da multinacional.

Outra insinuação de satanismo explícito foi feita contra a rede de fast-food McDonald’s. Acontece que algumas pessoas conseguiram enxergar o tridente do diabo no conhecido logotipo do grupo (um “M” amarelo estilizado). Apesar da irrelevância do fato, a coisa gerou bastantes comentários pelas igrejas. Grupos de jovens que esticavam os cultos nas mesas do McDonald’s começaram a procurar outros programas, e alguns mais zelosos chegaram até a boicotar o BigMac nos lanches com os amigos. Apesar de o grupo nunca ter dado importância ao fato – tanto que jamais emitiu qualquer tipo de nota desmentindo-o –, o boato veio por terra quando se divulgou, no início deste ano, que Joan Kroc, viúva do presidente da megacorporação, Ray, doara parte do miliardário espólio – a bagatela de US$ 1,5 bilhão, equivalente a R$ 4 bi – à Igreja Evangélica Exército de Salvação, que se dedica à pregação do Evangelho e ao socorro aos desvalidos.

A blasfêmia de Potter – Harry Potter, o célebre bruxinho, também foi pivô de acalorado debate virtual que voltou à tona há três meses, quando o terceiro filme da série, Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban, entrou em cartaz. Tudo porque, numa entrevista para um jornal britânico, a criadora do personagem, J. K. Rowling, teria feito declarações explosivas, confessando as raízes diabólicas de seus livros, além de blasfemar diretamente contra o Filho de Deus. Mesmo reconhecendo eventuais perigos ocultistas por trás das histórias do pequeno bruxo de Hogwarts, a declaração nunca foi feita. Ela foi criada pelo jornal on-line The Onion (A Cebola) em sua edição de julho de 2000. A matéria inventou ainda uma suposta entrevista da autora com o prestigiado jornal londrino Times. A linha jornalística do The Onion é justamente esta: mentiras. Todas as suas páginas contêm apenas mentiras de todos os tipos e tamanhos. Esta foi mais uma. Mesmo assim, a imagem de Potter entre os crentes, que já não era das melhores, deteriorou-se de vez após sites evangélicos terem divulgado como verdade o que Rowling não disse.

Outro exagero virtual foi a informação, que circulou celeremente pela internet, de que uma empresa de tecnologia já teria, prontinho, um chip capaz de controlar todos os seres humanos. De olho no Apocalipse, que prevê o surgimento de um controle diabólico e total sobre a humanidade, evangélicos de todos os cantos ficaram atentos à novidade. Houve quem ampliasse o fato por conta própria, dizendo que estariam sendo produzidos chips em larga escala – tudo prontinho para o dia em que ela, a terrível Besta, se manifestasse. Exageros à parte, o caso dos chips pessoais é verdade. De fato, a Applied Digital Solutions, uma empresa americana, desenvolveu o Verichip, minúsculo dispositivo com capacidade para guardar informações que podem ser lidas por meio de scanners eletrônicos especiais. Instalado sob a pele do usuário, o chip armazena diversas informações individuais, mas tudo com objetivos nada malignos: a expectativa dos inventores é apenas facilitar a identificação pessoal, o que dispensaria o uso de determinados documentos e cartões de crédito.

O secretário de Justiça do México, Rafael Macedo, e vários integrantes de sua equipe recentemente mandaram implantar um microchip sob a pele de seu braço. O dispositivo será usado por ele para acessar um novo banco de dados sobre crimes cometidos no país e também permitirá que ele seja rastreado em caso de seqüestro. Enquanto isso, freqüentadores da discoteca Baja Beach Club, em Barcelona, na Espanha, também utilizam o microchip. Assim, eles não precisam mais mostrar a carteira de identidade na portaria nem usar dinheiro. Além de identificar o cliente, o chip serve para anotar as despesas de consumo para depois serem debitadas em cartão de crédito. Quanto ao uso futuro do chip, não custa nada se manter atento.

O mito das “conversões” – Outra fonte inesgotável de boatos entre evangélicos é o que se poderia chamar de conversões fajutas. Volta e meia, circulam, em tons ufanistas, relatos dando conta de que determinada celebridade ou ator famoso entregou sua vida a Cristo. Morto num acidente nas pistas há dez anos, o supercampeão de fórmula 1 Ayrton Senna já foi tido diversas vezes como convertido. Embora o corredor, um dos maiores ídolos do esporte brasileiro, sempre tenha deixado clara sua fé em Deus, ele jamais admitiu que havia se tornado evangélico. Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé, também já virou crente – pelo menos, é o que foi dito até mesmo em sites evangélicos. Neste caso, o que alimenta o mito é o fato de que Pelé é casado com a cantora gospel Assíria Nascimento. Além disso, os filhos gêmeos do casal foram apresentados a Deus numa igreja evangélica do Recife (PE), o que reforçou as especulações. Contudo, o ex-atleta continua afirmando que é católico, embora admita “admiração” pela fé da mulher. Em entrevista concedida a ECLÉSIA numa época em que os boatos fervilhavam, a própria Assíria reconheceu seu desconforto com a situação. “Sofri muitas cobranças. Já disseram até que eu fui colocada por Deus ao seu lado para levá-lo a Cristo”. Pelé, por sua vez, chegou a dar declarações dizendo que continuava fiel da Igreja Católica Apostólica Romana.

A mais recente conversão virtual foi a do bispo Sérgio von Helde, da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Só que, neste caso, o processo teria sido inverso: o religioso, que se tornou conhecido por protagonizar o célebre episódio do “chute na santa”, teria tido uma revelação que o levara a render-se aos pés da Senhora de Aparecida. A história circulou no primeiro semestre deste ano e entupiu as caixas-postais dos internautas evangélicos. Nove anos depois de ter aparecido na televisão dando chutes numa imagem da santa, num programa da Universal, o bispo estaria sofrendo de grave doença numa das pernas – justamente a usada para desferir pontapés na imagem. Internado num hospital dos Estados Unidos, onde vive, ele teria sido atendido com desvelo incomum por uma enfermeira negra, que sempre lhe trazia palavras de ânimo e fé. Segundo o relato, Von Helde, uma vez recuperado, quis saber quem era a dedicada profissional, mas descobriu que nenhuma enfermeira negra trabalhava no hospital. Teria entendido, então, que se tratava de Aparecida – que, conforme a tradição católica, é uma santa negra. Arrependido pelo que fizera, o bispo teria abandonado tudo para ser seu devoto. A celeuma foi tão grande que o episódio chegou ao Programa do Ratinho, do SBT. Tudo balela. Von Helde permanece ligado à Universal. A reportagem de ECLÉSIA apurou que ele atualmente coordena as atividades da Iurd em Nova York, inclusive na área das telecomunicações.

O jornalista Giordani Rodrigues, fundador e editor do site InfoGuerra.com.br, dá as seguintes orientações para separar a verdade da mentira. “A primeira é usar o ‘desconfiômetro’. Qualquer mensagem que tenha sido enviada em massa, com alguma história mirabolante ou assustadora, pedidos de ajuda, vírus ‘descobertos ontem’ e sem vacina, denúncias gravíssimas nunca divulgadas e histórias do gênero, devem ser tratadas como um hoax em potencial”, ensina. Mesmo que sejam assinadas por supostas celebridades ou profissionais gabaritados – estratégia largamente utilizadas para dar-lhes credibilidade –, devem ser sempre tratadas com desconfiança, diz Giordani. “Mensagens desse tipo geralmente trazem a conhecida frase: ‘Envie para todos os seus contatos’”. Giordani alerta ainda que existem poucos hoaxes originais. “A maior parte são coisas antigas ou adaptadas, e, por isso mesmo, já estão catalogados por sites especializados”, esclarece. Ele deixa a sugestão: “Quem receber alguma mensagem com essas características deve, antes de divulgá-la, verificar se já não está registrada em sites como o setor de boatos do InfoGuerra ou o Quatrocantos.com, ambos brasileiros, ou o americano Snopes.com”.

“Lixo cibernético” – Já o pastor batista Ricardo Pimentel, especialista em informática, vai além: para ele, o servo de Deus deve ter muito cuidado no uso da internet. “O crente que sai divulgando qualquer coisa, sem critério, está cometendo um pecado”, sustenta. “A Bíblia fala que devemos remir o tempo e usar bem as oportunidades que temos. Quem divulga hoaxes aleatoriamente está roubando o tempo dos outros, além de prejudicar a credibilidade do veículo internet”. Ricardo, além de pastor-auxiliar da Primeira Igreja Batista de Vila da Penha, no Rio, é diretor geral da Teosplan, uma empresa de tecnologia voltada para o mercado evangélico. E ele diz que tem visto muito lixo cibernético. “A quantidade de spams e mensagens sem qualquer veracidade é assustadora”, reclama. “Eu assino 25 listas e minha caixa está sempre lotada de porcaria”. Aos evangélicos, sobretudo aqueles de boa fé, que apenas querem edificar os outros com as informações que recebem, Ricardo recomenda que procurem conhecer bem as regras da internet e os recursos de que ela dispõe para identificar e eliminar as baboseiras virtuais. “O que eu vejo de mensagens irresponsáveis dizendo que o cantor fulano morreu ou que o pastor beltrano caiu em adultério é um absurdo. E o pior é que muitos irmãos passam isso adiante, propagando mentiras e até calúnias virtuais”, alerta. Por tudo isso, é sempre bom lembrar do aviso do Senhor Jesus: “Ninguém vos engane!”

Fantástico mundo... das trevas?

O fantástico mundo do entretenimento da Disney também tem sido vítima de uma série de acusações mais ou menos fundamentadas. E o caso não tem nada de brincadeira – o império comandado por Mickey Mouse seria uma usina de pornografia e ocultismo. Tudo começou em 1997, quando a poderosa Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos propôs um boicote coletivo a todos os produtos, publicações e parques temáticos da corporação. Com mais de 20 milhões de fiéis, a decisão da igreja deu o que falar. Os crentes ficaram indignados porque homossexuais da região de Orlando, na Flórida – onde fica o Disney World – celebraram o Gay Day nas dependências do parque. A imagem de Mickey e do Pato Donald foram usadas nas comemorações, insinuando que os dois personagens teriam um envolvimento não revelado nas histórias em quadrinhos que protagonizam. Daí a uma catarse coletiva foi um pulo. Entidades como a Sociedade da Família Americana, a Maioria Moral e a Coalizão Cristã, com apoio de igrejas como a Assembléia de Deus, a Quadrangular e a Metodista apoiaram a iniciativa, desestimulando seus filiados e fiéis de consumir produtos Disney.

Desde então, tudo o que a corporação faz é visto com desconfiança pelos crentes ao redor do mundo. Na internet, então, os filmes de animação dos estúdios Disney têm apanhado feio. O desenho animado O rei Leão, por exemplo, foi acusado de difundir o espiritismo. Sucesso mundial, o desenho mostra uma cena em que o jovem príncipe Simba conversa com seu pai, morto, que reaparece entre as nuvens. O desenho tem também um leão afeminado e músicas da Nova Era, segundo sites evangélicos como o Estudosbiblicos.com e o Espada.eti.com. Outro site, Jesuscristo.com, até colocou na web um Dossiê Anti-Disney, no qual elenca outros pecados do mundo encantado. Ali, fica-se sabendo que o filme Hércules induz as crianças ao satanismo, já que o vilão, Hades, sai do inferno para azucrinar o herói. Em A pequena sereia, Ariel, a heroína, é estimulada a vender a alma para conquistar o coração do príncipe. Houve quem enxergasse, até, um pênis ereto numa das torres do castelo. Já o Amizadegospel.com conta que crianças americanas teriam adotado comportamento agressivo depois de assistir Mogli, e que uma garotinha teria arrancado suas roupas diante de uma cena de Aladin – o filme conteria mensagem subliminar estimulando o ato sexual. Pelo sim, pelo não, convém lembrar de um detalhe – o gato malvado do clássico Cinderela atende pelo sugestivo nome de Lúcifer...

Carlos Fernandes
é Editor e Redator da revista Eclésia

Fonte: Eclésia, edição 103

Por Amenidades da Cristandade

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2 comentários

Emmanuela disse... @ 4 de abril de 2009 às 15:06

olá, se possível, gostaria de saber qnd foi escrita essa reportagem.

Obrigada.

Anônimo disse... @ 6 de outubro de 2011 às 13:43

Se repararem com atenção, na foto da escavação do esqueleto gigante o homem que está a trabalhar na escavação segura uma pá sem espatula. uma das provas de ser uma má montagem, ninguem secava so com a barra de madeira da pá lolol

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